terça-feira, 25 de setembro de 2012

AUSTRALIANO, CHEIO DE BOAS INTENÇÕES

O ambiente é bem descontraído, mas o atendimento derrapa. A simpatia e informalidade dos funcionários tenta compensar eventuais falhas. Na esquina da praia com o Canal 4, o Australiano é uma opção para quem deseja algo diferente em termos culinários.

Embora esteja implorando por uma repaginada (entenda-se pintura e uma overdose de água e sabão), o lugar ainda dá para o gasto,  para aqueles descolados e menos exigentes. Preços acessíveis e cardápio enxuto, essa é basicamente a receita da casa, que apresenta pratos elaborados com nuances australianas.

Especialmente durante o dia, a música alta, vinda de uma TV, fulmina as intenções daqueles que pretendem bater papo com os amigos. Incomoda.

O serviço, embora simpático, é dispersivo. Por essa razão, os pedidos de desculpas são frequentes. A cozinha tem boas ideias, mas a execução nem sempre atinge os objetivos.  É necessário uma atenção maior também nesse setor.

Para conhecer, vale a pena.

Direto da redação - Belizário Jr.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

"SIMPATIA MINEIRA", NEM TANTO


Hoje os bairros são autossuficientes, são providos de agências bancárias, supermercados, cinemas, shoppings, bares, restaurantes, etc. A tendência é que o consumidor permaneça no seu espaço e frequente os estabelecimentos locais.

Entretanto, uma escapadinha para um bairro vizinho é sempre salutar. Conhecer o que há de bom do outro lado do muro e contar aos amigos.

Foi o que fizemos, fomos conhecer o “Simpatia Mineira” na Aparecida (Rua Alexandre Martins, 236). Caros amigos, foi uma esfuziante decepção. Não poderia ter sido mais triste. Infelicidade passageira da cozinha? Pode ser. Mas foi marcante.

Para começar, pedimos uma porção de pastéis e bolinhos de bacalhau. O trivial de qualquer boteco, uma pedida fácil.

Aquilo que deveria ser um simpático bolinho de bacalhau chegou com cara de poucos amigos, e confirmou suas intenções na primeira mordida. Aparentemente congelado, não cozinhou por dentro, e expôs um recheio irreconhecível, impossível de ser deglutido mesmo com boa vontade. Foi abandonado à deriva.

Os pastéis, oferecidos em dois tamanhos, vieram com nuances de vários sabores, resultado da fritura em óleo saturado. Foram engolidos, mas cobraram pedágio uma hora depois. Entrou em cena o sal de fruta.

Com efeito, a “fugidinha” a que nos propusemos foi um fiasco. Retornamos, entendendo que, nem sempre, as coisas do vizinho são melhores.  Vamos torcer (de longe) para que eles melhorem.


Direto da redação: Meirelles Carvalho