
Vindos de várias direções, latitudes e longitudes, cães, cadelas e donos, embaraçavam cordas e coleiras. Trocavam pet-confidências, experimentavam o sabor de rações, e desfilavam garbosos, seus peludos investimentos.
Avenida da praia interditada, estava acabado o domingo. Nas vias paralelas e transversais, automóveis, ônibus, caminhões, e viaturas, disputavam alguns centímetros, num gigantesco congestionamento, garantindo à elite dos quadrúpedes, espaço livre e ar puro, para exibirem seus proprietários.
A chamada “3a. Cãominhada”, produzida, dirigida e editada por antigo e influente jornal da cidade de Santos, contrariou várias diretrizes ditadas pela prefeitura municipal, especialmente aquela que não permite a ocupação da avenida da praia para eventos, exceto à parada de 7 de Setembro, a não ser que a edilidade a considere similar, inclusive em importância.

Enquanto isso, por detrás das grades da “Casa da Vovó Anita”, crianças ali residentes, acompanhavam a passagem dos cães soltos e saltitantes, em busca de guloseimas e água fresca, mas interrompiam o esboço de um sorriso, quando percebiam os afagos quase maternais, e tão distante delas, que donos e donas dispensavam aos seus peludos.

O ser humano vai sorrir e agradecer.
Direto da redação: Belizário Jr.

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